domingo, 27 de maio de 2012

Escolarização de deficientes Auditivos

Concluímos que com a oficialização da língua brasileira de sinais começaram a se abrir novos caminhos para o surdo.
A criança que adquiri as libras, se tornara capaz de significar o mundo, a língua de sinais representa um papel expressivo na vida do sujeito surdo, conduzindo-o por intermédio de uma língua estruturada ao desenvolvimento pleno.
Essa língua fornece para a criança surda a oportunidade de aquisição de linguagem e conhecimento do mundo e de si mesma.
O bilingüismo possibilita ao surdo aprender a língua que faz parte da comunidade surda, respeitando as particularidades da criança surda estabelecendo suas capacidades como meio para essa criança realizar seu aprendizado.
A educação bilíngüe para os surdos busca a aceitação da surdez sem almejar transformações culturais e de identificação do sujeito surdo.
Portanto hoje não se pode mais negar aos surdos o direito de ser parte integrante e participativa da nossa sociedade.
Todo sujeito precisa interagir com seu meio apropriar-se de sua cultura e de sua historia e formar sua identidade por intermédio do convívio com outros.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O papel do professor na Educação Especial

Comete grande equívoco quem pensa que o ato de incluir-se, o esforço de socializar-se, está restrito aos portadores de necessidades especiais. Avaliando todo o nosso processo de vida, desde o ventre materno à velhice, todos nós estamos em constante movimento de inclusão.
Quando rompemos a vida intra-uterina e despertamos no nascimento, passamos imediatamente a ser incluídos. No primeiro momento, em nosso núcleo familiar. Aos poucos, todos ao redor terão que se adaptar à chegada de mais um, que, diga-se de passagem, muda toda uma rotina. Depois, temos que lutar para que sejamos incluídos nos grupos com os quais desejamos interagir.
Lutar para nos incluir numa escola, num curso, na turma do clube, no time de futebol, nos grupos religiosos… Mais tarde, nas turmas do cursinho, na turma dos programas de fim de semana… Temos que nos incluir, também, na turma do computador e logo logo teremos que nos incluir na vida profissional, ensinar por nosso esforço e dedicação que somos capazes, que a sociedade pode nos confiar a tarefa e execução da proposta profissional. Temos assim que nos incluir no mundo, para que vivamos, nos socializemos e cresçamos a partir dessa convivência.
Ainda existem as inclusões relativas a cada indivíduo, aquelas que vão acontecendo paralelamente a todas as já citadas. Incluir-nos no paradigma de beleza construído pala sociedade, nos padrões da moda de cada estação… É o “feio” que precisa ser incluído no universo dos “bonitos”, o idoso que precisa incluir-se numa sociedade que demonstra que, cada vez mais, não está preparada para abraçar seus “velhos”, o analfabeto que precisa incluir-se numa sociedade de signos, nem sempre fáceis de serem decifrados…
Inclusão, inclusão, inclusão…
É de inclusão que se vive a vida. Para Paulo Freire, é assim que os homens aprendem, em comunhão. “O homem se define pela capacidade e qualidade das trocas que estabelece” e isso não seria diferente com os portadores de necessidades especiais.
Inseridos numa sociedade que exige saber conviver para sobreviver, necessitamos cada vez mais nos esforçar para garantir a inclusão deles, desde os primeiros anos de idade, em todos os espaços sociais, e a escola não está à parte desse espaço.
É fato que ao longo da vida, em nossas tantas lutas adaptativas, encontramos pessoas que nos facultam apoio e formação, seja de caráter ou de conhecimento teórico, para seguirmos nosso caminho. Não poderia ser diferente na educação formal. Assim, é que no âmbito escolar – em sala de aula, no pátio, no refeitório, enfim, em cada parte -, o professor tem papel decisivo e de imensa responsabilidade nesse processo.
Não basta que haja numa escola a proposta de inclusão, não basta que a arquitetura esteja adequada. É claro que estes são fatores favoráveis, mas não fundamentais. É preciso que o coração esteja aberto para socializar-se e permitir-se interagir. E, como quem semeia com o tesouro do conhecimento, que refaz e constrói, é o professor que alavancará os recursos insubstituíveis para uma educação inclusiva de qualidade.
Para isso, portanto, seu coração também precisa estar aberto. Ele igualmente terá que acreditar e se ver em processo de inclusão permanente, terá que criar e recriar oportunidades de convivência, provocar desafios de interação e aproximação, estabelecer contatos com os diversos e distintos saberes, planejando de forma flexível, mas objetiva, entendendo que a comunhão, a busca do semelhante e o reconhecimento de que ninguém detém um saber, favorecem a troca, a parceria e a segurança de uma inclusão com qualidade.